sábado, 31 de julho de 2010

A Dimensão estruturante das TIC´s

“Como pode um peixe vivo, viver fora d´água fria?”

Este texto foi construído aos pedaços: hora escrevia o meio, hora o final, depois mexia em tudo e modificava novamente. E à medida que as idéias iam surgindo, me veio á mente a cantiga “Como pode um peixe vivo, viver fora d´água fria? Como eu poderei viver? Como eu poderei viver? Sem a tua, sem a tua, sem a tua companhia?” Acho que não por acaso, mas as idéias surgem de coisas simples e sem sentido aparentemente. Fiquei pensando muito sobre o que escrever sobre DIMENSÃO ESTRUTURANTE DAS TICs - TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO.
Voltando à cantiga e fazendo uma analogia dessa “água fria”, talvez até congelante, com o mundo atual, onde estamos cercados de tecnologias que surgem da / para a necessidade humana e que acabam por transformar toda a dinâmica das relações sociais e culturais da homem moderno. A velocidade em que tudo se transforma é congelante, apavorante. Neste contexto , vejo dois tipos de peixes, que aqui os chamarei de educadores...rsrsrs
O primeiro educador é aquele que não teme lançar-se às águas revoltas e frias da tecnologia. Ele reconhece que assim como as tecnologias se transformam rapidamente e ele precisa se adaptar rapidamente a elas, pois as tecnologias mudam junto com a sociedade. A cada dia, novas necessidades surgem e influenciam as inteligências coletivas que transformam a sociedade. No “ecossistema” escolar, não é diferente.
Fazendo a leitura do texto Linguagens e Tecnologias na Educação (PRETTO), fiquei muito intrigada com uma palavra: ECOSSISTEMA. No mesmo momento, por discordar da palavra empregada no texto, fui ao Google e pesquisei o significado da e encontrei: “Conjunto de seres vivos e do meio ambiente em que eles vivem, e todas as interações desses organismos com o meio e entre si.” Fonte: http://www.grupoescolar.com/materia/ecossistema.html, em 27 de julho de 2010 ás 16:20. Minha inquietação só aumentou, por que não conseguia conceber como a máquina pode estar inserida num ecossistema. Não é um elemento natural! Mesmo assim, prossegui com a minha leitura e com a minha reflexão, que me fez compreender que a palavra Ecossistema é lançada pelo autor para demonstrar que a relação homem – máquina não é mais pautada pelo fazer simplesmente. Há uma interação, uma intenção nesta relação de tal maneira que transforma a maneira de ser, pensar e fazer coletivo, surgindo assim um novo formato de ecossistema onde todos interligados, interagimos e transformamos. Diante disto surge um novo cenário social e cabe a nós educadores penetrarmos e fazermos parte desse ecossistema onde os nossos alunos são elementos atuantes e transformadores e não apenas consumidores de tecnologia. Podemos revolucionar a educação, usufruindo deste campo fértil de possibilidades criativas e inventivas proporcionado pelas TICs.
De outro lado tem-se o outro modelo de educador. Para ele lanço a pergunta que dá origem a esta postagem: “Como pode um peixe vivo viver fora d´água fria?” O mundo, a sociedade, os alunos estão aí, e não podemos negar a sua existência e modificações constantes. Isolados se afogarão em um mar de tentativas frustradas de fazer uma educação significativa e relevante para o aluno atual. Não basta apenas que escolas se instrumentalizarem, fiquem abarrotas de equipamentos tecnológicos se as velhas práticas e metodologias ainda se perpetuam. Desta maneira, a escola, na atual conjuntura, está fadada a se transformar num ecossistema em processo de extinção.

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